sexta-feira, 31 de outubro de 2008

ele disse: somos amigos....
eu disse: somos mais que amigos. quero ser mais que isso. quero ser sua. namorada, amante, mulher..... essa história de sermos amigos é somente para que possamos fazer com que as ausências e a distância não sejam tão dolorosas.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

um dia chuvoso que me deixou melancólica. acordei pensando em coisas que meu passado condena, mas retorno a ele. não da mesma forma, mas com o mesmo conteúdo. um conteúdo caótico, incerto, inseguro, sem futuro. mas será que eu quero um futuro? ou me contento com um presente vivido dia-a-dia sem maiores pretensões (?). como minto para mim escrevendo essas linhas. estou cheia de pretensões. desde a mais inocente até aquela que faz as entranhas se revirarem. mas a chuva continua lá fora. e agora começou a chover dentro de mim.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Você apareceu com jeito de quem me queria demais.
Não falamos nada.
Ficamos olhando para o teto.
Minha mão no seu cabelo, sua mão na minha e nossas almas misturadas.
Não havia necessidade de mais nada.

sábado, 11 de outubro de 2008

Eu acreditei que podia amar o teu corpo, o teu modo de insinuar o coração nas palavras. Mas era apenas a forma como a noite sublinhava as superfícies, eu nunca pude atravessar essa espessura. Estavas ali para te dispores aos meus sentidos mas crescias fora de alcance no teu próprio pensamento. Uma distância que só serviria aos lobos, um mau caminho arrancado às fragas. Já só conhecia os dias onde tu os frequentavas, o sítio em que me mantinhas era mais urgente que o sangue. Sem dúvida que vinhas pelo meu desejo mas eu perdia sempre alguma coisa quando te ganhava. Às vezes era só a minha vontade, outras vezes era toda a frase do meu nome.
Rui Pires Cabral

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama.
Yves Saint Laurent

Ontem

Borboletas no estômago
Telefonemas às 6 da manhã
Ruas estreitas
E o vento lá fora
No rádio toca Zeca Baleiro
E minha alma se desprende
E se encontra com outra alma
E o vento lá fora
O calor nos aconchega
E seus braços me envolvem
Seus beijos tiram o meu fôlego
E o vento lá fora
Insuportáveis sensações
Que explodem muitas vezes
O cansaço chega
Mais um abraço, muitos beijos
E o vento lá fora
O relógio avisa
Um último abraço
Um último olhar
Um tchau
E o vento lá fora

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

não sei porquê mas você está sempre presente.
corre-me nas veias, já é parte de mim.
só choro por você, só não me reconheço por você.
só me sinto incerta por você...
e é tão difícil constatar tudo isto sem poder ter você ao meu lado horas antes de uma reunião importante, na hora de colocar o leite ferver para o meu nescau, até o sol nascer de manhã ou depois de uma enorme tempestade que quase quebrou os vidros.
no entanto, penso que esse dia, um dia, pode chegar.